Segundo Paulo Twiaschor, executivo de engenharia, a construção 4.0 tem transformado profundamente o setor da engenharia civil, marcando então uma nova era de inovação, automação e integração digital nos canteiros de obras. Essa revolução tecnológica, sem dúvidas, representa um avanço estratégico na produtividade, qualidade e sustentabilidade das obras modernas.
Essa nova fase da construção civil é fortemente impulsionada por tecnologias como BIM (Modelagem da Informação da Construção), Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, drones, robótica e sistemas integrados de gestão. O objetivo é claro: aumentar a eficiência, reduzir custos operacionais e melhorar o controle sobre todas as etapas de uma obra. A construção 4.0 já é uma realidade em diversos países e vem ganhando força no Brasil à medida que empresas percebem seus benefícios competitivos.
Integração tecnológica e inteligência de dados na construção 4.0
A essência da construção 4.0 está na integração de sistemas e no uso estratégico de dados em tempo real. Como explica Paulo Twiaschor, a adoção de plataformas digitais nos canteiros permite a coleta contínua de informações, o que facilita a tomada de decisões rápidas e fundamentadas. Essa visibilidade aumenta o controle sobre prazos, orçamentos e segurança.

Por meio de sensores e dispositivos IoT, é possível monitorar desde o desempenho de máquinas até o comportamento de materiais e trabalhadores. Com isso, a obra se torna mais previsível, segura e adaptável a ajustes imediatos. Além disso, o uso do BIM permite a simulação virtual de todas as fases do projeto antes mesmo do início da execução, reduzindo falhas e retrabalhos.
Automatização de processos e aumento de produtividade
Outro pilar essencial da construção 4.0 é a automação de processos repetitivos e de alto risco. Conforme destaca Paulo Twiaschor, o uso de robôs para tarefas como demolição, soldagem e transporte de materiais, por exemplo, minimiza os acidentes e libera a força de trabalho humana para atividades mais estratégicas.
A automação também contribui para a padronização da qualidade das entregas. Máquinas equipadas com inteligência artificial conseguem seguir instruções precisas com mínima margem de erro, o que reduz desperdícios e melhora o aproveitamento de recursos. Com isso, o tempo de execução das etapas é otimizado e os projetos são concluídos de forma mais ágil e eficiente.
Sustentabilidade e digitalização nos canteiros de obras
A construção 4.0 também traz impactos positivos no aspecto ambiental. O controle rigoroso dos processos, aliado ao uso racional de materiais, resulta em menos desperdício e menor emissão de resíduos e poluentes. Além do mais, a digitalização permite simulações de desempenho energético e ambiental dos edifícios ainda na fase de planejamento.
Segundo Paulo Twiaschor, essa abordagem integrada é indispensável para atender às novas exigências do mercado, cada vez mais voltadas à sustentabilidade e à responsabilidade socioambiental. Portanto, soluções como impressão 3D de estruturas, uso de materiais recicláveis e construção modular são tendências que se somam à digitalização para construir obras mais sustentáveis e inteligentes.
Desafios e perspectivas para o setor
Apesar dos avanços, a implementação da construção 4.0 ainda enfrenta desafios importantes, como a necessidade de qualificação da mão de obra, investimentos em infraestrutura tecnológica e adaptação cultural das empresas. No entanto, os ganhos a médio e longo prazo superam os obstáculos iniciais.
De acordo com Paulo Twiaschor, o setor precisa compreender que essa transformação não é apenas uma modernização de ferramentas, mas uma mudança completa de mentalidade. É fundamental que as empresas invistam em inovação contínua, capacitação técnica e parcerias estratégicas para acompanhar essa evolução.
Conclusão
Em suma, a construção 4.0 representa um divisor de águas na engenharia civil, promovendo canteiros mais inteligentes, seguros e sustentáveis. Com o avanço das tecnologias digitais e o uso estratégico de dados, as empresas do setor têm a oportunidade de aumentar sua competitividade, reduzir desperdícios e entregar obras com mais qualidade. Como aponta Paulo Twiaschor, a revolução digital nos canteiros não é uma tendência passageira, mas uma exigência para quem deseja se manter relevante em um mercado em constante transformação.
Autor: Trimmor Waterwish